LIBERAÇÃO DA MACONHA, você é contra ou à favor?

Posted by Ju Ogata | Posted in | Posted on 23:39

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Bom, todos sabem que a tão conhecida 'maconha' são as flores e folhas secas da planta CANNABIS SATIVA, também conhecida como Cânhamo verdadeiro. Contém várias substâncias que têm efeitos cerebrais, a mais conhecida sendo o delta-9-tetrahidrocanabinol (D -9-THC,THC). Porém, poucos sabem de suas verdadeiras conseqüências, tais como dependência e tolerância, que é quando a pessoa precisa usar maior quantidade de droga para sentir os mesmos efeitos de antes. Com doses baixas há euforia (sensação de bem-estar) e risos, quando em grupo, ou há relaxamento e sonolência, se está sozinho. A memória fica prejudicada e a pessoa não consegue executar tarefas múltiplas. Há aceleração do tempo subjetivo, fazendo minutos parecerem horas, e confusão entre passado, presente e futuro. Os sentidos ficam aguçados, mas o indivíduo tem menor equilíbrio e força muscular. Os olhos ficam vermelhos, a boca seca, e aumenta a vontade de comer doces. O pulso fica acelerado, e a pressão pode diminuir quando a pessoa fica em pé, causando tontura. Com doses mais altas iniciam os delírios, alucinações e despersonalização (sente que não é mais ele mesmo), que podem atingir um nível de psicose tóxica. Nestes estágios de intoxicação a pessoa pode sentir-se muito mal, mostrar-se agitada e confusa, caracterizando a má viagem. E sem se referia aos problemas de comportamento já citados, é conhecido que:
- fumar maconha traz os mesmos problemas que fumar cigarro de tabaco: bronquite, asma, faringite, enfisema e câncer;
- há maior risco de sofrer acidentes de trânsito;
- diminui a imunidade, aumentando a chance de ocorrerem infecções;
- se for usada durante a gravidez, existe a possibilidade de prejudicar o feto.

Porém no século XX, a maconha era liberada, embora muita gente a visse com maus olhos. Aqui no Brasil, maconha era "coisa de negro", fumada nos terreiros de candomblé para facilitar a incorporação e nos confins do país por agricultores depois do trabalho. "A proibição das drogas serve aos governos porque é uma forma de controle social das minorias", diz o cientista político Thiago Rodrigues, pesquisador do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos, segundo a Revista Superinteressante. Funciona assim: maconha é coisa de mexicano, mexicanos são uma classe incômoda. "Como não é possível proibir alguém de ser mexicano, proíbe-se algo que seja típico dessa etnia", diz Thiago. Assim, é possível manter sob controle todos os mexicanos - eles estarão sempre ameaçados de cadeia. Por isso a proibição da maconha fez tanto sucesso no mundo. O governo brasileiro achou ótimo mais esse instrumento para manter os negros sob controle. Os europeus também adoraram poder enquadrar seus imigrantes.

Darei 3 argumentos para a liberação da maconha, apesar de eu ser contra:
- uso para fins medicinais, já que reduz a pressão intraocular, aumento de apetite e efeito antiemético, tratamento da esclerose amiotrófica e trauma raquimedular, bem como qualquer enfermidade onde haja uma dor crônica. Além disso, o uso da maconha dilata os vasos sangüíneos e, para compensar, acelera os batimentos cardíacos.
- Dois psiquiatras brasileiros, Dartiu Xavier e Eliseu Labigalini, fizeram uma experiência em que incentivaram dependentes de crack a fumar maconha no processo de largar o vício. Resultado: 68% deles abandonaram o crack e, depois, pararam espontaneamente com a maconha, um índice altíssimo. Segundo eles, a maconha é um remédio feito sob medida para combater a dependência de crack e cocaína, porque estimula o apetite e combate a ansiedade, dois problemas sérios para cocainômanos.
- Diminuição do tráfico de drogas, já que a cocaína seria liberada. Ela poderia ser comprada em farmácias, e assim, o tráfico não se fortaleceria com sua venda.

Fonte: wikipedia.org, psicoativas.ufcspa.edu.br, www.brasilescola.com, revista Superinteressante

(Trabalho de Metodologia do Estudo em mar/10)